Quando falamos de futebol, não é o mesmo um treinador experiente e curtido e um futebolista, nem um espectador que foi com seu filho ver pela primeira vez uma simples partida e um torcedor fanático radical com sua cara pintada e uma tocha na mão disposto a combater agressivamente corpo a corpo pelas cores de seu time.
Igualmente ocorre em todos os terrenos da vida social, política, religiosa,... e também na gnose. Nada nem ninguém é comparável, há qualidades distintas, há níveis e níveis, grupos e grupos, pessoas e pessoas.
Tristemente e em nome da verdade temos que dizer que muitos foram os que maltrataram o conhecimento gnóstico e quem o entregou. Alguns, sendo simples espectadores, quiseram passar a futebolistas e árbitros sem saber as regras do jogo e fracassaram. Muito pior foram os que quiseram ser treinadores experientes sem conhecer muito de “futebol”, se sentiam mestres experientes. Muitos deles acabaram convertidos em radicais, em torcedores fanáticos, em equivocados sinceros que começaram a acreditar em suas próprias fantasias e as ostentaram aos demais como verdades.
E, sim, prejudicaram aqueles sinceros buscadores do caminho e do equilíbrio da vida que com eles toparam. Lágrimas vertidas, corações compungidos, tristeza, tristeza é o que sentimos após compreender o que isto significa...
Mas não devemos parar aqui. Nem tudo foi tristeza, ficaram as regras e a arte escrita, o terreno do jogo está aberto e ficaram também aqueles fiéis valentes que queriam seguir a rota e o caminho traçado. Estes são os que hoje em dia fizeram chegar a nós de forma carinhosa o ensinamento porque o entenderam e o vivem a cada instante, e mais ainda com ardente exemplo também nos mostram o que é a fidelidade ao doador da luz que viveu a partida até o final, até suas últimas consequências, ao guru que deixou simples e claro o caminho.
Estes que vivem e experimentam os ensinamentos nunca criam seitas. São homens livres que apreciam, amam a liberdade e a própria liberdade, porque a ganharam a pulso, dia a dia, com afinco. Como poderiam estes atentar agora contra a liberdade dos outros sem sentir remorsos?
Porém, ai, ai daqueles ignorantes que creem ser e saber sem que seus atos diários o demonstrem e que seu nível de ser os desmintam a cada instante. Já querem ser jogadores veteranos, treinadores experientes ou árbitros... Esses sim, esses sim criam as seitas, restringem liberdades, mutilam honras e fazem os seus semelhantes acreditarem em histórias do arco-da-velha, ignorantes do que é a verdade, e encarceram suas consciências. Ai de vocês, cegos guias de cegos, para vocês será o uivo e o ranger de dentes.
Porém, ai, ai daqueles ignorantes que creem ser e saber sem que seus atos diários o demonstrem e que seu nível de ser os desmintam a cada instante. Já querem ser jogadores veteranos, treinadores experientes ou árbitros...
Esses sim, esses sim criam as seitas, restringem liberdades, mutilam honras e fazem os seus semelhantes acreditarem em histórias do arco-da-velha, ignorantes do que é a verdade, e encarceram suas consciências. Ai de vocês, cegos guias de cegos, para vocês será o uivo e o ranger de dentes.
Dirão estes últimos que o conhecimento é falso, que o viram (mesmo que nunca se tenham atrevido ou tido a oportunidade de experimentá-lo corretamente), que são fanáticos e irracionais. Outros, ainda mais externos inclusive, que não sabem que nada sabem e que não entraram nunca no terreno do jogo para ver do que se trata, nem viram sequer como é uma bola, também se somarão às críticas e, sim, dirão convencidos: são fanáticos, cerceiam a liberdade, são uma seita... Claro! Não sabem, não experimentaram nada, nem querem saber nada. É mais fácil criticar. Riem e criticam o que desconhecem. Ignorantes ilustrados poderia ser seu nome.
A mente tudo pode defender e justificar. Crer ou não crer são os polos opostos de uma mesma coisa. Alguns creem em Deus e se chamam religiosos, outros não creem e são ateus... Mas o importante seria experimentar a presença de Deus.
Experimentar é diferente. Experimentar nos leva além das crenças, dos fanatismos e sectarismos, adentra-nos no real, experimentável e verdadeiro
"gnose de hoje e de sempre o que interessa é a experiência direta das coisas, a autognose, o autodescobrimento e está além do fanatismo sectário."
Isto é tudo, querido leitor. Se lhe interessa compreender a gnose só poderá fazer através da experiência direta, senão só será uma teoria a mais para você. Agora é sua vez e sua hora de entrar no terreno do jogo si assim anela.
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