Skip to content
VM Samael Aun Weor: Gnose Psicologia Alquimia Astrologia Meditação Cabala
O Abismo está cheio de equivocados sinceros e de gente de muito boas intençőes

A Vida de Buda

Imprimir E-mail
Por Editor VOPUS   
A Vida do Buda  Siddharta Gautama

Siddharta Gautama, o BUDA, foi um príncipe que renunciou o trono para ir em busca da verdade.

A história dos 80 anos de BUDA sobre a face da Terra constitui um dos mais notáveis acontecimentos na história da humanidade. Sua própria vida representa o caminho a seguir por todo aquele que se esforça para descobrir a força da criação e se libertar de todo sofrimento. Tudo, absolutamente tudo em sua vida tem um profundo significado. O próprio nome BUDA quer dizer: «O Desperto, O Iluminado».

Nasceu no século VI a.C., contemporâneo de Sócrates, Confúcio e Dêutero-Isaías (profundo influente do Cristianismo). O aparecimento quase simultâneo destes grandes homens nos indica um engrandecimento no Espírito da humanidade daquela época.

A Siddharta Gautama, como homem, faz tempo que o esperavam. Dizem as tradições que a cada 2.500 anos aproximadamente há de vir um Buda à Terra para fazer girar a roda do Dharma ou da Lei, e assim os homens buscadores da verdade podem ter uma nova oportunidade para alcançar a liberação.

Por si só, o nascimento de Buda está descrito com uma simbologia muito semelhante à do grande Kabir Jesus, Mestre dos Mestres.

A lenda conta que Maya, a mãe de Buda, (cujo nome significa em sânscrito «Ilusão» ou também o «Universo Manifestado»), passava uma temporada de abstinência e castidade no Palácio do Reino de Kapilavastu, no norte da Índia, quando, numa manhã, foi vencida pela sonolência, deitando-se na cama real de seu aposento. E começou a ter um sonho muito especial.

A Rainha Maya sonhou que os quatro reis celestiais, os senhores das quatro direções do Mundo de Tusita, a Terra da felicidade, a levantavam junto com a cama, transportando-a sobre a Cordilheira do Himalaia. Chegando a um ponto além dos altos cumes, deixaram-na sob uma árvore, afastando-se respeitosamente. Chegaram as esposas dos quatro Reis e a banharam cuidadosamente, purificando-a de toda mancha humana, levando-a a uma cama divina que tinha a cabeceira para o Leste.

No horizonte, começou a brilhar uma estrela com esplendor sobrenatural que desceu e se acercou do local onde estava Maya. Quando a estrela alcançou a terra, transformou-se num Elefante Branco que, aproximando-se, apanhou com sua tromba um loto branco e ao colocá-lo sobre o flanco da Rainha, este desapareceu introduzindo-se no útero.
Nesse momento, o Bodhisattva de compaixão entrou no corpo de sua mãe.

Concepção Imaculada, o Espírito Santo para os hindus tem a forma de Elefante Branco.

Todo Avatara, nos mundos internos, nasce do Espírito Santo, e Buda não foi uma exceção.

A Rainha Maya despertou e com grande agitação contou o sonho ao seu esposo, o Rei Suddhodana. Este, por sua vez, perguntou aos Brâmanes se o sonho era bom ou de mau presságio.

Os sacerdotes lhe anunciaram que nasceria em sua família um grande Ser. Alguém que seria ou um grande Rei ou um Buda.

Devemos saber aqui que o reino de Kapilavastu era pequeno e débil militarmente, e estava continuamente ameaçado por outro reino mais poderoso. Assim, ante a idéia de que o filho conseguiria solidificar e expandir o seu reinado, o Rei tratou de educá-lo intensamente nas artes guerreiras e palacianas.

Sete dias após o nascimento de Gautama, Maya, sua mãe, morreu.Rainha Maya- Mãe de Buddha

Aqui há várias explicações: em uma delas os Brâmanes dizem que as mães de Budas morrem sempre depois de ter seus ilustres filhos, pois o ventre que foi ocupado por um Bodhisattva é como o santuário de um templo e não pode ser reocupado.

Outra explicação bem mais profunda é que ao nascer o Buda, o Universo Manifestado (ou Maya) se recolhe e desaparece.

Conforme passaram os anos, o Príncipe Siddharta, além de estudar os afazeres de um futuro Rei, entregava-se cada vez mais aos pensamentos profundos, comprazendo-se na Solidão e na Meditação.

Mas o Rei Suddhodana, desejoso de que o seu filho fosse um digno sucessor, fazia o possível para que não se apresentassem as questões que o fariam tomar o caminho da Renunciação: Por que existe a doença? Por que morremos e por que envelhecemos?

Antigamente, tanto na Índia como no mundo oriental em geral, havia um costume - os homens, quando chegavam a determinada idade, à qual hoje denominaríamos aposentadoria, eram levados a um retiro no bosque e lá meditavam sobre sua própria vida, após ter passado por uma etapa de aprendizagem e outra de família e trabalho.

Em geral, o primeiro período, o de estudo, começava aos sete anos e durava até os vinte. Depois se iniciava a segunda fase, a mais longa de todas, que durava trinta anos e era dedicada à família, aos filhos e aos negócios, cumprindo-se tudo isso como um bom chefe de família.

Uma vez cumprindo os deveres como chefe de família e após ter gerado um herdeiro que ocupasse seu lugar, eles tinham a liberdade de se retirar para viver no bosque, refletindo com calma sobre os cinqüenta anos anteriores, alcançando plena maturidade filosófica.

Depois de completado esse período de ascetismo e prática religiosa, saíam do bosque e passavam a última parte da vida vagueando de um lugar a outro, mendigando e dependendo unicamente de esmolas para a subsistência.

A história nos conta que Sakyamuni passou muito rapidamente por essas quatro etapas, tão grande era seu anelo de encontrar a Fonte, a Origem do Universo.
Aos 16 anos casou-se com Yosodhara tendo um filho: Rahula (que significa: «Impedimento»).

Este foi um acontecimento de grande importância, pois Siddharta passou a ter um herdeiro para continuar a sucessão ao trono e por sorte ele mesmo ficava livre para renunciar os seus direitos e abraçar a vida religiosa.

A GRANDE PARTIDA

A tradição nos oferece quatro encontros como razões que culminaram para que Siddharta abandonasse o seu palácio e se dedicasse à vida religiosa. De acordo com antigos relatos, Sakyamuni passava a maior parte do tempo confinado no Palácio Real, protegido por seu pai, para que não visse nem conhecesse as desgraças da vida. Mas em quatro ocasiões conseguiu traspassar os portões do palácio em companhia do seu cocheiro.

Ele encontrou uma vez, diante da carroça, um ancião, depois um doente e na terceira vez viu um cadáver. Por fim reparou num homem com a cabeça raspada e olhos serenos, era um renunciante que havia se entregado à vida religiosa.

Sakyamuni então, profundamente comovido, resolveu abandonar seu lar e levar a mesma vida daquele homem, com o firme propósito de averiguar qual era a causa de todo sofrimento, doença, velhice e morte.

A lenda que se refere às quatro saídas do palácio expressa, de forma simbólica, o processo de despertar as quatro nobres verdades que mais adiante estudaremos.

Seja como for, Sakyamuni havia descoberto a dor e o sofrimento do seu povo. E sabendo que a força militar nunca pode brindar uma solução duradoura ao problema dos sofrimentos humanos, não tentou ajudar o seu povo mediante o recurso das armas, mas começou a trilhar um caminho que, segundo ele, esperava conduzir à verdadeira Liberação.
Antes de converter-se num rei que exerce poder político no mundo temporal, decidiu converter-se num rei filósofo no âmbito metafísico e solucionar a causa de todo sofrimento.
Assim, após os quatro sinais, Sakyamuni, seguindo os costumes de sua época muito prontamente, iniciou sua caminhada espiritual, seguindo as ordens que procediam do lugar mais íntimo e profundo de seu Ser.

Uma noite, acompanhado do seu cocheiro, saiu do palácio e já longe dali despediu-se do servente e amigo. Conta-se que em poucos dias o cavalo morreu de tristeza devido à separação de Gautama, seu amo. Siddharta trocou suas luxuosas roupas por outras mais humildes e cortando os cabelos seguiu para o bosque, em busca da Verdade.

A VIDA RELIGIOSA NO BOSQUE

Naqueles dias, o Bramanismo estava sendo questionado e havia uma multidão de seitas e escolas para todos os gostos, nas quais cada uma comungava sua especial maneira de libertar-se da dor deste mundo.

Havia, sobretudo, novos pensadores que traziam práticas religiosas baseadas em diferentes filosofias e que repudiavam deliberadamente a tradição, levando essas práticas a um ascetismo extremo como sentar-se nu sob o Sol em pleno calor, comer só ervas silvestres, etc.

Estas pessoas eram, naqueles tempos, puros opositores, como os «hippies» da atualidade, só que eram muito mais drásticos.

Siddharta logo aprendeu que o mundo estava repleto de uma infinidade de religiões.

Alguns devotos religiosos atormentavam a si mesmos com a idéia de evitar a maturação de um karma. Outros rezavam para um Deus com a esperança de que fossem livrados dos efeitos dos seus pecados e lhes fosse permitido nascer em um mundo celestial. Outros buscavam a emancipação mediante a disciplina mental, as boas obras e a atenção aos ritos cerimoniais.

Qual destes métodos de salvação, se havia algum, era o eficaz?

Naqueles tempos existiam dois ermitãos Bramanes ao pé de um monte e Sakyamuni decidiu submeter-se aos seus ensinamentos.

Os sábios eremitas orientais eram considerados pessoas com grande sabedoria e poder. Capazes de voar pelos ares em grande velocidade, andar sobre as águas e de outras inusitadas façanhas.

Esses eremitas eram considerados grandes autoridades nos temas religiosos e metafísicos, motivo pelo qual Sakyamuni os elegeu como mestres.

Ali, entrou em cheio na prática da ioga que é o que caracteriza a terceira fase da vida de qualquer oriental: conseguir a concentração mental, a introspecção no próprio ser interno e a verdadeira emancipação do corpo através do controle psíquico.

A ioga, naqueles tempos, era considerada um meio de liberação dos sofrimentos inerentes à condição humana.

Aqueles eremitas lhe ensinaram disciplinas de meditação que depois ficaram impressas na prática do budismo.

Estas técnicas chamam-se: «Conseguir a esfera do nada» e «O lugar onde não há nem pensamento nem não pensamento».

Como dizíamos, estes estados de concentração ficaram depois incorporados nos métodos budistas de meditação e disciplina, mas dentro das dez etapas do progresso a Buda elas ocupavam os passos mais inferiores, pois estas meditações não conduzem ao sossego das paixões nem à cessação, à tranqüilidade, ao supremo despertar ou à liberação total, mas somente à esfera onde «nada existe».

O objeto da busca de Sakyamuni era aquela classe de iluminação que pudesse libertar a humanidade dos sofrimentos que entranha o ciclo de nascimentos e mortes.

Ao compreender que aqueles métodos não o conduziriam à meta que aspirava, Sakyamuni os abandonou e se entregou às práticas ascéticas.

AS PRÁCTICAS ASCÉTICAS

Segundo comentamos, Sakyamuni, convencido de que não conseguiria a iluminação a que aspirava seguindo os preceitos dos dois mestres ioguis, decidiu dedicar-se a outras práticas ascéticas. A tradição diz que ele esteve de 6 a 10 anos no mais puro ascetismo. Dizem as mesmas fontes que ele foi a um bosque próximo da aldeia de Sena, que era um lugar de reunião de Brâmanes que tinham abandonado suas famílias e estavam praticando austeridades.

Fakir- Bramanes- As Práticas ascéticas

A prática de austeridades, como a meditação iogue, era considerada um método para atingir o progresso espiritual e se recorria muito a ela.

Acreditava-se que submetendo o corpo a diversos métodos ou processos de mortificação e aprendendo a suportar a dor seria possível atingir a liberação total do espírito.

Estas disciplinas foram classificadas em várias categorias: as relativas ao controle da mente, a suspensão da respiração, o jejum total e uma dieta severa.

O exercício de suspender a respiração é considerado um dos mais difíceis. Primeiro a pessoa concentra-se para impedir que a respiração entre e saia através do nariz e da boca. É de se supor que isso conduza ao sufocamento, mas quando a pessoa suspende os orifícios nasais e da boca, começa a respirar pelos ouvidos. Afirma-se que isto provoca um forte zumbido nos ouvidos e dores intoleráveis. Quanto ao jejum, muitos desencarnavam nesta prática.

Sakyamuni acreditava, como outros buscadores, que se não experimentasse os sofrimentos e durezas de semelhantes práticas, não poderia alcançar um verdadeiro progresso espiritual.

Quando Sakyamuni recordava aquele período da sua vida, dizia, conforme é citado nos textos, que nenhum brâmane do passado, do presente ou do futuro tinha sofrido nem sofreria as severas autotorturas que ele se infligiu e que, no entanto, não lhe permitiram alcançar a iluminação.

Assim, Gautama abandonou aquelas práticas e decidiu esforçar-se, a partir de então, nem em um extremo nem em outro, pois compreendeu o significado profundo do Caminho do Meio.

Este caminho recusa a vida que levou no meio do luxo do palácio e a vida de severas práticas ascéticas, pois estas duas formas pertencem ao dualismo. O caminho do meio é o equilíbrio e nos conduz firmes à liberação.

A ILUMINAÇÃO

Naquela época, após praticar as mais severas austeridades sem atingir a iluminação, Sakyamuni resolveu abandonar aquelas práticas.

Seu primeiro passo foi tentar recuperar as forças tão gravemente prejudicadas pelas privações sofridas.

Esculturas budistas representavam Sakyamuni, nesta etapa, totalmente consumido.

Segundo a lenda, Gautama começou a banhar-se no rio para limpar toda sujeira que o seu corpo havia acumulado e começou, aos poucos, a comer arroz e a alimentar-se melhor até recuperar-se totalmente.

Deixou aquele bosque e os discípulos que tinha o abandonaram, imputando-lhe o haver se desviado e caído na boa vida.

Com o firme propósito de encontrar a raiz de todo o sofrimento, sentou-se sob um Tipal ou figueira hindu, decidido a não se levantar dali ainda que caíssem sua pele e sua carne, até encontrar a solução, o encontro com a realidade última de todas as coisas.

A TENTAÇÃO DE MARA

De maneira que Sakyamuni tomou assento sobre a esteira à sombra da árvore, decidido a atingir a iluminação.

Adotou a postura de loto, que era a maneira habitual de sentar-se nas práticas da meditação.

Aqui as escrituras narram as tentações de Mara. A tentação de Mara é muito importante em todo processo iniciático e de iluminação.
A Tentação de Mara

Segundo as escrituras, Mara, que significa «O arrebatador da vida», que não é outro que o ego psicológico, elementos desumanos que em nosso interior carregamos, existência pós existência. Mara estava alarmado ante a perspectiva de triunfo de Gautama, e disse ao futuro Buda:
«Consumido e pálido como estás, te encontras à beira da morte. Tens só uma possibilidade de sobreviver em mil. Deverias viver, pois só estando vivo ser-te-á possível realizar boas ações... Mas todos os teus esforços atuais são vãos e inúteis, pois o caminho que conduz ao verdadeiro Dharma é duro, penoso e inacessível».

Mara falou com ele uma e outra vez desta maneira, querendo desanimá-lo, mas Gautama permaneceu impassível até vencer o que é chamado de o demônio interno ou as intimidações e resistências do Ego.

iluminação ocorreu na aurora, com a proximidade do amanhecer - o olho da sabedoria recebeu sublime claridade. Quando a estrela da manhã começou a brilhar, Sakyamuni sentiu que toda a sua vida acontecia como um estalo, e em um instante distinguiu a realidade final de todas as coisas. Naquele momento converteu-se num Buda.

Ao anoitecer, após haver passado pelos quatro estados de dhyana ou intensa meditação, atingiu o primeiro grau: desapego dos sentidos, depois o segundo grau que se distingue por uma completa concentração da mente e uma sensação de alegria. No terceiro grau é submergido na paz e na serenidade sem limites, e no quarto grau atingiu um estado de suprema pureza, além de todo sofrimento ou gozo, de toda pena ou alegria.

Após haver conseguido completo domínio dos quatro graus de dhyana, ele se foi em busca da origem de todo o sofrimento.

E se diz que nessa noite recordou sua primeira, segunda, terceira vida e assim recordou milhares de existências em inúmeros aeones e conheceu que classe de morte tinha tido em uma e outra, que classe de vida, se feliz ou dolorosa.

Viu e experimentou isso vividamente com o olho da sabedoria completamente aberto.

Os ensinamentos de Buda nos falam dos seis reinos pelos quais a alma passa, de um a outro, sem alcançar a liberação final...

Depois, na segunda fase da noite, completou o mundo inteiro e viu os processos de todas as criaturas que nasciam e morriam segundo suas ações acumuladas ou karma. Aqueles seres cujos atos eram pecaminosos passavam a uma esfera de miséria, aqueles cujas ações eram boas ganhavam um lugar no triplo céu.

Naquele momento captou a lei do karma que governa o universo.

Na terceira fase da noite, a verdade final: as 12 CAUSAS DO ETERNO RETORNO. São a verdadeira causa da origem de todo o sofrimento.

Compreendeu as Quatro Nobres Verdades e a maneira de permanecer sobre a transitoriedade e instabilidade de todas as coisas que é o nobre sendeiro óctuplo.

Assim, Gautama converteu-se em Buda. E tudo o que lhe aconteceu nessa noite foi a base de todo o ensinamento aos seus discípulos.

Tendo encontrado a origem de todo sofrimento, ele se propôs a difundi-lo a todas as pessoas receptivas naqueles tempos, pessoas, por outro lado, muito avançadas espiritualmente, capazes de atingir a iluminação momentaneamente, simplesmente escutando suas revelações de uma forma clara e simples.

A todos esses ensinamentos foi dado um nome: A Roda do Dharma ou da Lei, pois quem os leva ao fim conseguirá fazer-se Uno com a Lei, com o Pai, permanecendo além de nascimentos e mortes, de gozos e sofrimentos, sem egos, sem apegos, sem desejos. Alcançando, por fim, a Beatitude, o Estado de Buda.A vida de Buddha

AddThis Social Bookmark Button
 
< Por que a Semana Santa é uma festa móvel?   Os Ensinamentos de Buda >

Conhecimento Universal

Ciência
Arte
Filosofia
Mística/Religião

Novas palestras - 2017:

conferencia 
JUNHO JULHO AGOSTO