Que as pessoas, apesar de viverem, não sabem viver porque são vítimas das circunstâncias. Tudo lhes sucede como quando chove, como quando troveja. Não são capazes de gerar novas circunstâncias. Não sabem porque sofrem, porque adoecem, porque nascem, porque morrem, etc., etc.
A Gnose é eminentemente científica porque suas práticas são demonstráveis. O campo de estudo da Gnoses é o próprio homem. Por isto, podemos dizer que se trata de um estudo antropocêntrico, pois tudo está dirigido a transformar o homem comum e corrente em um homem superior. A Gnose não é uma religião, mas seus estudos permitem a total compreensão de qualquer doutrina religiosa.
"É bom saber que, etimologicamente, o vocábulo Gnose vem do grego e significa conhecimento. No entanto, é evidente que não se trata de um conhecimento ordinário. Gnose refere-se a uma Sabedoria superior, transcendental para o ser humano. Esse saber universal e atemporal, do qual emanou a grande semelhança teológica, filosófica, artística e simbólica das grandes civilizações do passado, testemunho de ter bebido todas na mesma fonte original".
"A JANA, YANA, GHANA ou GNOSE é a ciência de JANO, ou seja, a ciência de ENOICHON ou do vidente. A palavra JINA, da qual devém o termo GNOSE, não é senão a castelhanizacão de tal palavra. Sua verdadeira escrita deriva do parsi e do árabe, e não é JINA, senão DJIN ou DJINN, e assim a vemos empregada por muitos autores".
Mas, eu ouvi que a Gnose é algo assim como uma doutrina herética surgida do seio do cristianismo primitivo. Isto é verdade?
Você pode ter lido afirmações como esta porque existem algumas obras publicadas intencionalmente por instituições religiosas que pretendem desprestigiar a Gnose e os gnósticos. No entanto, tais afirmações carecem de fundamento dialético. A Gnose já existia antes da chegada do cristianismo e de Jesus de Nazaré. No entanto, bom é que você saiba, por exemplo, que:
Orígenes (um dos Pais da igreja cristã), em seu Vol. II, página 150, observa que:
Alguns dizem que João era o ungido (o Cristo).
Quando as concepções metafísicas dos gnósticos, que viam em Jesus o Logos e o ungido, começaram a ganhar terreno, os primitivos cristãos se separaram dos nazarenos, os quais acusavam Jesus de perverter as doutrinas de João e de mudar por outro o batismo no Jordão.
(Isto é textual do Codex Nazarenus, II, página 109)
"Falando francamente e sem rodeios diremos: a Gnose é um funcionalismo muito natural da Consciência. Uma filosofia perene e universal".
Inquestionavelmente, GNOSE é o conhecimento iluminado dos mistérios divinos reservados a uma elite (pessoas ansiosas de conhecer os mistérios da vida e da morte). A palavra gnosticismo encerra dentro de sua estrutura gramatical a ideia de sistemas ou correntes dedicadas ao estudo da Gnose.
"Este gnosticismo implica uma série coerente, clara, precisa, de elementos fundamentais verificáveis mediante a experiência mística direta, por exemplo:
Por outro lado, existe uma Gnose pré-cristã implícita no saber filosófico e místico dos povos do passado. Desta maneira temos, portanto, que: "Os códices mexicanos, papiros egípcios, tijolos assírios, rolos do Mar Morto, estranhos pergaminhos, bem como templos antiquíssimos, sagrados monólitos, velhos hieroglíficos, pirâmides, sepulcros milenários, etc., oferecem, em sua profundidade simbólica, um sentido gnóstico que definitivamente escapa à interpretação literal e que nunca teve um valor explicativo de índole exclusivamente intelectual".
"O racionalismo especulativo dos antropólogos e historiadores modernos, em vez de enriquecer a linguagem, infelizmente a empobrece, já que os relatos gnósticos, escritos ou alegorizados em qualquer forma artística, orientam-se sempre para o SER interno da pessoa humana. E é nessa interessantíssima linguagem da Gnose, semi-filosófica e semi-mitológica, onde se apresentam uma série de invariantes extraordinárias, símbolos com uma profundidade esotérica que em silêncio falam à Consciência".
"Investigamos nas fontes da China, nas obras sânscritas da Índia, nos velhos manuscritos tibetanos. Preocupamo-nos pelo estudo das peças arqueológicas, investigamos profundamente muitos códices, analisando a sabedoria das antigas civilizações, realizando estudos comparativos entre México, Egito, a Índia, o Tibete, Grécia, etc., etc., etc..; e chegamos à conclusão de que a sabedoria universal é sempre a mesma, só mudam seus aspectos, de acordo com os povos, nações e línguas".
"Se por um lado devemos tomar em conta em qualquer sistema gnóstico seus elementos helenísticos orientais, incluindo Pérsia, Mesopotâmia, Síria, Índia, Palestina, Egito, etc., nunca deveríamos ignorar os princípios gnósticos perceptíveis nos sublimes cultos religiosos dos Nahuas, Toltecas, Astecas, Zapotecas, Maias, Chibchas, Incas, Quechuas, etc., etc., etc., de Indo América".
"Os caracteres que especificam claramente o mito gnóstico e que mutuamente se complementam entre si são os seguintes:
Certamente, os problemas da humanidade existem porque o ser humano está desprovido da faculdade da Consciência. Em tópicos anteriores já definimos a Consciência cientificamente e dissemos que é a capacidade psicológica de apreender ou capturar todos os fenômenos externos e internos inerentes a nós mesmos. Pois bem, está demonstrado cientificamente que o homem de nossos dias tão só possui três por cento de Consciência desperta, frente a noventa e sete por cento de Consciência adormecida dentro de si mesmo. Isto produz, obviamente, que muitos de nossos atos sejam inconscientes e muitas vezes incoerentes. Inquestionavelmente, isto traz confusão, choques sociais, traumas de todo tipo, angústias, ansiedades, estres, etc., etc., etc. O pior de tudo isto é que o resto de Consciência que está adormecida está prisioneira de forças energéticas que a escravizam e que a submetem a seus caprichos.
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