A Gnose é um conhecimento pré-cristão e ao mesmo tempo cristão?
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Por Óscar Uzcategui

"Falando francamente e sem rodeios diremos: a Gnose é um funcionalismo muito natural da Consciência. Uma filosofia perene e universal".

Inquestionavelmente, GNOSE é o conhecimento iluminado dos mistérios divinos reservados a uma elite (pessoas ansiosas de conhecer os mistérios da vida e da morte). A palavra gnosticismo encerra dentro de sua estrutura gramatical a ideia de sistemas ou correntes dedicadas ao estudo da Gnose.

"Este gnosticismo implica uma série coerente, clara, precisa, de elementos fundamentais verificáveis mediante a experiência mística direta, por exemplo:

  1. A maldição, do ponto de vista científico e filosófico.
  2. O Adão e Eva do gênese hebraico.
  3. O pecado original e a saída do Paraíso.
  4. O mistério de Lúcifer.
  5. A morte do Mim Mesmo.
  6. Os poderes criadores.
  7. A essência do Salvador Salvandus.
  8. Os mistérios sexuais.
  9. O Cristo íntimo.
  10. A Serpente Ígnea de nossos mágicos poderes.
  11. O descenso aos Infernos.
  12. O regresso ao Éden.
Só as doutrinas gnósticas que impliquem os fundamentos ontológicos, teológicos e antropológicos, tópicos citados acima, fazem parte do gnosticismo autêntico".

Por outro lado, existe uma Gnose pré-cristã implícita no saber filosófico e místico dos povos do passado. Desta maneira temos, portanto, que: "Os códices mexicanos, papiros egípcios, tijolos assírios, rolos do Mar Morto, estranhos pergaminhos, bem como templos antiquíssimos, sagrados monólitos, velhos hieroglíficos, pirâmides, sepulcros milenários, etc., oferecem, em sua profundidade simbólica, um sentido gnóstico que definitivamente escapa à interpretação literal e que nunca teve um valor explicativo de índole exclusivamente intelectual".

"O racionalismo especulativo dos antropólogos e historiadores modernos, em vez de enriquecer a linguagem, infelizmente a empobrece, já que os relatos gnósticos, escritos ou alegorizados em qualquer forma artística, orientam-se sempre para o SER interno da pessoa humana. E é nessa interessantíssima linguagem da Gnose, semi-filosófica e semi-mitológica, onde se apresentam uma série de invariantes extraordinárias, símbolos com uma profundidade esotérica que em silêncio falam à Consciência".

"Investigamos nas fontes da China, nas obras sânscritas da Índia, nos velhos manuscritos tibetanos. Preocupamo-nos pelo estudo das peças arqueológicas, investigamos profundamente muitos códices, analisando a sabedoria das antigas civilizações, realizando estudos comparativos entre México, Egito, a Índia, o Tibete, Grécia, etc., etc., etc..; e chegamos à conclusão de que a sabedoria universal é sempre a mesma, só mudam seus aspectos, de acordo com os povos, nações e línguas".

"Se por um lado devemos tomar em conta em qualquer sistema gnóstico seus elementos helenísticos orientais, incluindo Pérsia, Mesopotâmia, Síria, Índia, Palestina, Egito, etc., nunca deveríamos ignorar os princípios gnósticos perceptíveis nos sublimes cultos religiosos dos Nahuas, Toltecas, Astecas, Zapotecas, Maias, Chibchas, Incas, Quechuas, etc., etc., etc., de Indo América".

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