A enfermidade do amanhã

Por Editor VOPUS   

Cristo. Eu ensinei desde o princípio aos profetas, e não deixo até hoje de falar a todos, mas muitos se ensurdecem e endurecem a minha voz.

A enfermidade do amanhã

Os maus escutam com maior gosto ao mundo do que a Deus, seguem mais facilmente os desejos da carne que a vontade de Deus.

O mundo promete coisas temporárias e vis, e com grande zelo lhe servem, eu prometo bens imensos e eternos, e os corações dos mortais se entristecem.

Há quem me sirva e obedeça em tudo com tanta diligência como se serve ao mundo e aos senhores do mundo?

"Devias se pôr vermelho de vergonha, Sidão, diz-lhe o mar" (ls. 23, 4). E se perguntas a razão, ouça-a: para obter um pobre benefício, longo caminho se percorre, para obter a vida eterna, muitos mal são capazes de levantar um pé do chão.

Miserável ganho busca-se, às vezes se discute vergonhosamente por uma moeda, por uma coisa vã e, ainda, pela mera promessa de uma pequena coisa não se teme trabalhar dia e noite rudemente.

Mas que vergonha! Pelo bem incomparável, pela grande recompensa sobre toda ponderação, pela honra mais alta e a glória interminável se sente preguiça de fatigar-se sequer um pouquinho.

Envergonha-te, pois, servo preguiçoso e queixoso, de que sejam os mundanos mais ativos para sua perdição do que para tua própria salvação.

Mais eles se gozam na vaidade do que tu na realidade. Suas esperanças às vezes se frustram, minhas promessas a ninguém lhe falham, nem deixam com mãos vazias a quem em mim confia. O que prometi darei, o que disse, cumprirei, mas a quem permaneça fiel ao meu amor até a morte.

Eu sou quem premia a todos os bons e o forte que prova a todos os devotos.

Grava minhas palavras em teu coração, e estuda-as com esmero, porque em tempo de tentação muito vais precisá-las.

O que não entendas ao o ler, já o entenderá no dia que te visite.

De dois modos costumo visitar aos meus eleitos: com tentações e consolos.

E diariamente ensino-lhes duas lições: uma repreendendo seus vícios, outra, animando-os a progredir na virtude.

Quem conheça minhas palavras e as despreze já tem quem o julgue no último dia.

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Tomás de Kempis,Imitação de Cristo (Extratos).

A ENFERMIDADE DO AMANHÃ

A enfermidade do amanhã

Samael Aun Weor

É urgente estudar a Gnose e utilizar as idéias práticas que damos para trabalhar seriamente sobre nós mesmos.

É urgente valorizar o Trabalho Esotérico Gnóstico, é indispensável compreendê-lo e apreciá-lo se é que na realidade anelamos uma mudança radical.

Há pessoas que em determinado momento de sua existência vêm aos estudos gnósticos, resplandecem com a força do anelo, entusias­mam-se com o Trabalho Esotérico e até juram consagrar a totalidade da sua existência a estas questões. Inquestionavelmente, todos os irmãos de nosso movimento chegam até a admirar um entusiasta assim.

Não se pode deixar de sentir grande alegria ao escutar pessoas desta classe, tão devotas e definitivamente sinceras. No entanto, o idílio não dura muito tempo. Qualquer dia, devido a tal ou qual motivo, justo ou injusto, simples ou complicado, a pessoa retira-se da Gnose. Então, abandona o trabalho e, para reparar o malfeito, ou tratando de justificar a si mesma, afilia-se a qualquer outra organização mística e pensa que agora vai melhor.

Todo esse ir e vir, toda essa troca incessante de escolas, seitas, religiões, deve-se à multiplicidade de Eus que em nosso interior lutam entre si por sua própria supremacia.

Como cada Eu possui seu próprio critério, sua própria mente, suas próprias idéias, é apenas normal esta mudança de pareceres, este borbo­letear constante de organização, de ideal em ideal, etc.

O sujeito em si não é mais que uma máquina que tanto serve de veículo a um como a outro Eu.

Alguns Eus místicos se auto-enganam, depois de abandonar tal ou qual seita resolvem crer-se Deuses, brilham como luzes fátuas e por último desaparecem.

Há pessoas que por um momento assomam-se ao Trabalho Esoté­rico e, logo, no instante em que outro Eu intervém, abandonam definitivamente estes estudos e se deixam tragar pela vida.

Obviamente, se alguém não luta contra a vida, esta o devora, e são raros os aspirantes que de verdade não se deixam tragar pela vida.

Existindo dentro de nós toda uma multiplicidade de Eus, o CEN­TRO DE GRAVIDADE PERMANENTE não pode existir.

Não existindo uma verdadeira individualidade, resulta impossível que haja continuidade de propósitos.

Se não existe o indivíduo psicológico, se em cada um de nós vivem muitas pessoas, se não há sujeito responsável, seria absurdo exigir a al­guém continuidade de propósitos.

Bem sabemos que dentro de uma pessoa vivem muitas pessoas, então o sentido pleno da responsabilidade não existe realmente em nós.

O que um Eu determinado afirma em um dado instante, não pode revestir nenhuma seriedade devido ao fato concreto de que qualquer ou­tro Eu pode afirmar exatamente o contrário em qualquer outro momen­to.

O grave de tudo isto é que muitas pessoas crêem possuir o sentido de responsabilidade moral e se auto-enganam afirmando ser sempre as mesmas. É apenas normal que nem todos os sujeitos se Auto-realizem intimamente.

Bem sabemos que a Auto-realização íntima do Ser exige continui­dade de propósitos e, como é muito difícil encontrar alguém que tenha um Centro de Gravidade Permanente, então não é estranho que seja mui­ta rara a pessoa que chegue à Auto-realização interior profunda.

O normal é que alguém se entusiasme pelo Trabalho Esotérico e que logo o abandone. O estranho é que alguém não abandone o trabalho e chegue à meta. Certamente, e em nome da verdade, afirmamos que o Sol está fazendo um experimento de laboratório muito complicado e terrivelmente difícil.

Dentro do animal intelectual equivocadamente chamado homem, existem germens que convenientemente desenvolvidos podem se con­verter em Homens Solares.
No entanto, não é demais esclarecer que não é seguro que esses germens se desenvolvam, o normal é que se degenerem e se percam la­mentavelmente.

Em todo caso, os citados germens que hão de nos converter em Homens Solares necessitam de um ambiente adequado, pois é bem sabi­do que a semente em um meio estéril não germina, se perde.

Para que a semente real do homem, depositada em nossas glându­las sexuais, possa germinar, necessita-se de CONTINUIDADE DE PROPÓSI­TOS e corpo físico normal.

Como poderíamos ter continuidade de propósitos se não estabe­lecemos em nossa psique o Centro de Gravidade? Certamente qualquer raça criada pelo Sol não tem outro objetivo na natureza que o de servir aos interesses dessa criação e ao experimento solar.
Não é possível a criação do Homem Solar se não estabelecemos antes um Centro de Gravidade Permanente em nosso interior.

A criação de Homens Solares é possível quando se luta por se tor­nar independente das forças lunares. Não há dúvida de que todos esses Eus que levamos em nossa psique são de tipo exclusivamente lunar.

De modo algum seria possível libertar-nos da força lunar se não estabelecêssemos previamente em nós um Centro de Gravidade Perma­nente.

Como poderíamos dissolver a totalidade do Eu pluralizado se não temos continuidade de propósitos? De que maneira poderíamos ter con­tinuidade de propósitos sem haver estabelecido previamente em nossa psique um Centro de Gravidade Permanente?

Como a raça atual, ao invés de se tornar independente da influên­cia lunar perdeu todo o interesse pela inteligência solar, inquestionavel­mente, condenou a si mesma à involução e à degeneração.

Não é possível que o Homem verdadeiro surja mediante a mecâni­ca evolutiva. Bem sabemos que a evolução e sua irmã gêmea, a involução, são apenas duas leis que constituem o eixo mecânico de toda a natureza. Evolui-se até certo ponto perfeitamente definido e logo vem o processo involutivo. A toda subida sucede uma descida e vice-versa.

Nós somos exclusivamente máquinas controladas por distintos Eus. Servimos à economia da natureza, não temos uma individualida­de definida como supõem equivocadamente muitos pseudo-esoteristas e pseudo-ocultistas.

Necessitamos mudar com máxima urgência a fim de que os ger­mens do Homem dêem seus frutos.

Só trabalhando sobre nós mesmos com verdadeira continuidade de propósitos e sentido completo de responsabilidade moral, podemos converter-nos em Homens Solares. Isso implica consagrar a totalidade de nossa existência ao Trabalho Esotérico sobre nós mesmos.

Aqueles que têm esperança em chegar ao estado solar mediante a mecânica da evolução enganam a si mesmos e se condenam, de fato, à degeneração involutiva.

No Trabalho Esotérico não podemos nos dar ao luxo da versatili­dade. Esses que têm idéias volúveis, esses que hoje trabalham sobre sua psique e que amanhã se deixam tragar pela vida, esses que buscam eva­sivas e justificativas para abandonar o Trabalho Esotérico, degenerarão e involucionarão.

Alguns dão tempo ao erro, deixam tudo para um amanhã, en­quanto melhoram sua situação econômica, sem levar em conta que o ex­perimento solar é algo muito distinto do seu critério e seus costumeiros projetos.

Realmente, uma pessoa é o que é sua vida. Isso que continua além da morte é a vida. Este é o significado do livro da vida que se abre com a morte.

Vendo esta questão de um ponto de vista estritamente psicológi­co, um dia qualquer de nossa vida é realmente uma pequena réplica da totalidade da vida.

De tudo isto, podemos inferir o seguinte: SE UM HOMEM NÃO TRA­BALHA SOBRE SI MESMO HOJE, NÃO MUDARÁ NUNCA. Quando se afirma que se quer trabalhar sobre si mesmo, e não se trabalha hoje adiando para amanhã, tal afirmação será um simples projeto e nada mais, porque no hoje está a réplica de toda a nossa vida.

Existe por aí um ditado popular que diz: “Não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje mesmo”.

Se um homem diz: “Trabalharei sobre mim mesmo, amanhã”, nunca trabalhará sobre si mesmo, porque sempre haverá um amanhã.

Isto é muito parecido com certo aviso, anúncio ou letreiro que alguns comerciantes põem em suas lojas: “Fiado, só amanhã”. Quando al­gum necessitado chega a solicitar crédito, topa com o terrível aviso e, se volta no outro dia, encontra outra vez o desditoso anúncio ou letreiro.

Isto é o que se chama em psicologia a “ENFERMIDADE DO AMA­NHÔ.

Enquanto um homem disser “amanhã”, nunca mudará.

Necessitamos com urgência máxima, inadiável, trabalhar sobre nós mesmos hoje, não sonhar preguiçosamente com um futuro ou com uma oportunidade extraordinária. Esses que dizem: “Vou antes fazer isto ou aquilo e depois trabalharei”, jamais trabalharão sobre si mesmos. Es­ses são os moradores da Terra mencionados nas Sagradas Escrituras.

Conheci um poderoso latifundiário que dizia: “Necessito primeiro expandir minhas propriedades, depois trabalharei sobre mim mesmo”. Quando ficou mortalmente doente, fui visitá-lo e lhe fiz a seguinte per­gunta: “Ainda queres expandir tuas propriedades?”. “Lamento de verdade haver perdido o tempo”, me respondeu. Dias depois morreu, depois de haver reconhecido seu erro.

Aquele homem tinha muitas terras, mas queria apropriar-se das propriedades vizinhas, “expandir-se”, a fim de que sua fazenda ficasse exatamente limitada por quatro caminhos.

Madalena

“A cada dia basta o seu afã!”, disse o Grande KABIR Jesus: auto-ob­servar-nos hoje mesmo, no tocante ao dia sempre recorrente, miniatura de nossa vida inteira.

Quando um homem começa a trabalhar sobre si mesmo, hoje mesmo, quando observa seus desgostos e penas, marcha pelo caminho do êxito.

Se uma pessoa iniciasse seu dia conscientemente, é evidente que tal dia seria muito distinto dos outros dias.

Quando alguém toma a totalidade de sua vida como o próprio dia que está vivendo, quando não deixa para amanhã o que deve fazer hoje mesmo, chega realmente a conhecer o que significa trabalhar sobre si mesmo.

Jamais um dia carece de importância, se de verdade queremos transformar-nos radicalmente, devemos ver-nos, observar-nos e compre­ender-nos diariamente.

No entanto, as pessoas não querem ver a si mesmas. Alguns, ten­do vontade de trabalhar sobre si mesmos, justificam sua negligência com frases como a seguinte: “O trabalho no escritório não me permite traba­lhar sobre mim mesmo”. Palavras estas sem sentido, ocas, vãs, absurdas, que só servem para justificar a indolência, a preguiça, a falta de amor pela Grande Causa.

Pessoas assim, ainda que tenham muitas inquietudes espiritu­ais, é óbvio que não mudarão nunca. Observar a nós mesmos é urgente, inadiável, impostergável.

Necessitamos não só conhecer nosso dia, mas também a relação com o mesmo. Há certo dia ordinário que cada pessoa experimenta dire­tamente, exceto os fatos insólitos, inusitados.

Resulta interessante observar a recorrência diária, a repetição de palavras e acontecimentos para cada pessoa, etc.

Essa repetição ou recorrência de eventos e palavras merece ser estudada, conduz-nos ao autoconhecimento. A Auto-observação íntima é fundamental para a mudança verdadeira.

Qual é seu estado psicológico ao levantar-se? Qual é seu estado de ânimo durante o café da manhã? Esteve impaciente com o garçom, com a esposa? Por que esteve impa­ciente? O que é que sempre te transtorna, etc.

Fumar ou comer menos não é toda a mudança, mas sim indica certo avanço. Bem sabemos que o vício e a gulodice são inumanos e bes­tiais. Não está bem que alguém dedicado ao Caminho Secreto tenha um corpo físico excessivamente gordo e com um ventre avolumado e fora de toda eurritmia de perfeição. Isso indicaria glutonaria, gula e até preguiça. A vida cotidiana, a profissão, o emprego, ainda que vitais para a existên­cia, constituem o sono da Consciência.

Saber que a vida é um sonho não significa havê-la compreendido. A compreensão vem com a Auto-observação e o trabalho intenso sobre si mesmo.

Para trabalhar sobre si, é indispensável trabalhar sobre sua vida diária, hoje mesmo, e então se compreenderá o que significa aquela frase da Oração do Senhor: “Dai-nos o Pão nosso de cada dia”.

A frase “Cada Dia” significa o “Pão Super-substancial” em grego, ou o “Pão do Alto”.

A Gnose dá esse Pão de Vida, no duplo sentido de idéias e forças que nos permitem desintegrar erros psicológicos.Perseu

Cada vez que reduzimos a poeira cósmica tal ou qual “Eu”, ganha­mos experiência psicológica, comemos o “Pão da Sabedoria”, recebemos um novo conhecimento.

A Gnose nos oferece o “Pão Supersubstancial”, o “Pão da Sabedo­ria”, e nos assinala com precisão a nova vida que começa em nós mes­mos, dentro de nós mesmos, aqui e agora.

Assim, convém que nós nos façamos cada vez mais conscientes do Caminho em que estamos. Ao invés de perder tempo, reflitamos e tra­balhemos, porque este corpo que temos, meus caros irmãos, não durará muito, a qualquer momento este corpo que temos vai ao cemitério, a qualquer momento este corpo que temos estará sendo velado.

Convido-os a pensar antes que o percamos, antes que possa suce­der esse fato, que pode suceder em qualquer instante, que trabalhemos, porque se algum de vocês já está na última de suas existências, ao tra­balhar, lhes serão dadas novas oportunidades, mas se não trabalham, se não se preocupam pela Auto-realização, essas novas oportunidades não virão. Portanto, é melhor trabalhar, entrar no Caminho, não perder tem­po tontamente.

A hora que vivemos é crítica e difícil e já não há remédio. Ago­ra não nos resta senão uma só coisa: preocupar-nos por morrer em nós mesmos e avançar tudo o que possamos no caminho da Auto-realização íntima do Ser.

Nos antigos tempos da Lemúria – naquelas épocas em que os rios de água pura de vida manavam leite e mel – a humanidade estava go­vernada pelo PRINCÍPIO FULASNITANIANO. Tal princípio dava aos seres humanos uma vida muito longa. Então, normalmente, se podia viver de 10 a 15 séculos, havia tempo mais que suficiente para formar em nós mesmos os Corpos Existenciais Superiores do Ser.

Hoje em dia tudo é distinto: a humana espécie está governada agora pelo PRINCÍPIO ITÓKLANOS, que é certamente um princípio animal. Morre-se quando menos se pensa, a existência encurtou demasiado...

No Egito dos Faraós ainda se alcançava viver até 140 anos. Na Idade Média, a média de existência era entre os 90 e os 110 anos, mas agora, nestes momentos, quase não se vive. Assim, vivendo de acordo com o princípio da vida animal (Itóklanos), nossas existências costumam ser efêmeras...

Se, na época da Lemúria, quando se vivia de acordo com o grande Princípio Fulasnitaniano, havia tempo mais que suficiente para criar os Corpos Existenciais Superiores do Ser e eliminar de nossa natureza todo elemento inumano, agora tudo é diferente.

O Princípio Itóklanos não leva em conta os Corpos Existenciais Superiores do Ser, senão aos animais, e morremos quando a natureza necessita de nós.

Ou seja, como em cada um de nós há uma substância que a natu­reza usa para sua própria nutrição, ela nos desencarna quando considera que chegou a hora, que necessita de seu alimento, ela cobra sem levar em conta que o indivíduo tenha ou não tenha fabricado os Corpos Exis­tenciais Superiores do Ser [e desintegrado os elementos inumanos], esse é o princípio Itóklanos.

De maneira que agora a humanidade está vivendo de acordo com um Princípio estritamente animal: o Princípio Itóklanos. O Princípio Itóklanos não é para uma espécie humana de verdade. Mas, como a hu­manidade está tão degenerada, não resta mais remédio que governá-la com o Princípio Itóklanos (dos animais). Essa verdade é crua, mas é a verdade.

Vejam os senhores como mudou tudo através do tempo e dos anos: Hoje, desafortunadamente, a espécie humana está governada pelo Princípio Itóklanos, não sabe a que hora toca a desencarnação a tal ou qual pessoa, a tal ou qual estudante do Esoterismo. Então, o que fazer? APROVEITAR O TEMPO ao máximo, transmutar o Esperma em Energia, fabricar rapidamente os Corpos Existenciais Superiores do Ser [e eliminar os elementos indesejáveis], antes que seja muito tarde, porque não se sabe o momento em que virá a desencarnação.

Essa é a única condição, apressar, trabalhar rápido, não há mais remédio, já não estamos governados pelo Princípio Fulasnitaniano (quan­do havia tempo). Já não há tempo, agora há que aproveitar o pouco que temos...

Se não vemos a urgência de entregar a totalidade de nossa exis­tência ao trabalho sobre nós mesmos com o propósito de nos liberar da dupla força lunar, terminaremos tragados pela Lua, involuindo, degene­rando cada vez mais e mais dentro de certos estados que bem podería­mos qualificar de inconscientes e infraconscientes.

Agora, os tempos não são para perder tempo, para passar os anos na moleza, porque nos encontramos em um momento crítico e difícil. Os tempos do fim já chegaram, aguardam-se as catástrofes que hão de vir e a GRANDE CATÁSTROFE com a qual há de ficar selado todo o Apocalip­se.

Já não podemos passar uma vintena de existências fazendo o pa­pel de Faquires e de Monges e de Yoguis. Estamos “de afã”. O momento em que nos encontramos exige que, de uma vez, tomemos o Quarto Ca­minho, a Gnose, a Quarta Via, que é o mais prático.

Assim, o que necessitamos hoje em dia é DEIXAR A PREGUIÇA MENTAL, trabalhar muito duro sobre nós mesmos. Se lograrmos, se que­brantarmos todos esses agregados psíquicos, a Consciência ficará des­perta, individualizada. Então, haveremos feito de nossa vida uma obra-prima.

Repetimos: Um homem é o que é a sua vida. Se um homem não modifica nada dentro de si mesmo, se não transforma radicalmente sua vida, se não trabalha sobre si mesmo, está perdendo seu tempo miseravelmente...

A enfermidade do amanhã

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